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DISTÂNCIA TRANSACIONAL

Introduzido por Moore em 1980, a distância transacional foi definida como a função do diálogo e da estrutura entre os professores e os estudantes. No entanto, mais tarde em (1996) Moore e Kearsley estabeleceram um terceiro factor, a autonomia do estudante, estas três funções formaram o modelo útil na compreensão da educação à distância, sendo este chamado a Teoria da Distância Transacional.

Esta teoria, foi desenvolvida de forma a explorar e compreender como os estudantes se relacionariam e se adaptariam às aulas, em ambientes de educação a distância. Porém, quatro tipos de interacção têm sido usados para perceber como os estudantes aprendem em ambientes da educação a distância, neste sentido as interacções relacionam-se entre aluno-conteúdo, aluno-instrutor, aluno-aluno e aluno-interface.

Contudo, este tema foi motivo de vários estudos no sentido de perceber como é que um diálogo online tem capacidade de conduzir à compreensão e à construção de conhecimentos, nos estudantes. Percebeu-se que para a construção do conhecimento existe a necessidade da partilha de informação, da descoberta, da exploração e dos debates de ideias.

Os estudantes participam em aulas virtuais através de um computador, estas aulas suscitam a motivação, a socialização, a troca de informação e o desenvolvimento da construção do conhecimento. Os estudantes em cursos online valorizam os debates entre os professor e alunos, visto que proporciona uma pedagogia activa, no qual todos são intervenientes. O papel do professor é fundamental, no fornecimento de materiais do curso, na interacção entre os alunos e na avaliação dos trabalhos apresentados, este sendo o instrutor, apresenta em ambientes online a concepção e organização educacional, facilitando a aprendizagem.

Actualmente o professor num ambiente online, tem de dominar todas as situações e assumir vários papeis a nível cognitivo; ser facilitador do processo e dos conteúdos de aprendizagem, ser conselheiro, ser assessor, ser investigador e ser um tecnológico e designer. Embora as pesquisas ainda estejam numa fase inicial, estas indicam que nas aulas online, a interacção do professor com os alunos torna-se uma exigência fundamental nos conteúdos a serem ensinados.

Trabalho elaborado por:

Olinda Francisco

COMUNIDADE VIRTUAL

Vivemos na era das mudanças tecnológicas. Contudo, no campo da educação elas têm sido bastante notórias, tanto pelos professores como pelos alunos. Desde 1990, que o ensino-aprendizagem em comunidades virtuais tem vindo a ser alvo de estudos e de investigação, tanto na sua conceptualização como no desenvolvimento de diversas tecnológias, inerentes aos cursos online. Estes ambientes tornaram-se um suporte ao ensino formal, porém as comunidades desenvolvem vários aspectos, tais como: a colaboração e a interacção social entre os grupos. No entanto, diversos autores concordam que em contextos educacionais a comunidade motiva os diversos estudantes a participarem activamente, partilhando os seus conhecimentos tanto a nível académico como pessoal.

Neste sentido, Rovai (2002b) define comunidade em ambientes online como: consistindo de dois componentes: sentimentos de ligação entre membros da comunidade e comunhão de expectativas de aprendizagem e objectivos... A comunidade em sala de aula é mais forte quando os alunos (a) se sentem ligados uns aos outros e ao instrutor, (b) manifestam os comportamentos de comunicação imediatos que reduzem a distância social e psicológica entre pessoas, (c) partilham interesses e valores comuns, (d) confiam e ajudam-se mutuamente, (e) se dedicam activamente em comunicação nos dois sentidos e (f) lutam por objectivos de aprendizagem comuns. (p.322).

Os cursos online a nível da educação têm demonstrado diferentes interesses e necessidades especiais. Diversos investigadores definiram a aprendizagem online e estudar em comunidade, como sendo um factor necessário para haver equilíbrio na diversidade, na criatividade e também na aplicação de diversas ferramentas electrónicas. Neste sentido o professor altera o seu papel, passando a ser um agente facilitador e mentor, modificando a hierarquia de professor-aluno, sendo o seu acesso igual e directo. Os alunos tornam-se participantes activos e independentes, o seu ensino-aprendizagem tem um ritmo diferente, sendo centrado no aluno, o ensino torna-se colaborativo entre o professor e os alunos, as oportunidades tornam-se iguais para todos, havendo mais tempo para reflectir e trocar as ideias entre colegas.

Neste sentido os professores têm de assumir diferentes papeis, tais como: serem mediadores de discussões, atribuírem um feedback aos trabalhos apresentados e às questões colocadas por cada aluno individualmente, ou à turma em geral. A comunidade online é importante nas turmas e apresenta-se através de uma plataforma, visto que é aí que se desenvolve toda a interacção e a aprendizagem do curso.

Até à data as investigações vão continuar, no sentido de procurar desenvolver mais ferramentas e estratégias a serem aplicadas aos cursos online. Muito há a fazer na educação online, este processo de mudança ainda se encontra no início, há que aproveitar estes avanços da tecnologia na educação a distância.

Trabalho realizado por;

Olinda Francisco